Na quinta feira dia 22 de agosto, estudantes negros/as da Universidade
Federal do Paraná, membros do movimento negro, da rede de mulheres negras e
demais pessoas da sociedade, foram para as ruas de Curitiba com cartazes,
megafone e instrumento de percussão para protestarem contra a morte e a
criminalização da população negra e contra a institucionalização do racismo na
cidade de Curitiba, a Marcha contra o genocídio da juventude negra ocorreu na cidade e em todo o país.
A Marcha iniciou em
frente á prefeitura com uma parada no Largo da Ordem, seguiu para a “Boca
maldita”, na rua XV de novembro. Na parada realizada no Largo da Ordem foram lembradas
as memórias das pessoas que “tombaram” na luta contra o racismo no Brasil e no
mundo e as que continuam enfrentando essa realidade brasileira. Também foi falado
sobre a falsa democracia racial difundida no Brasil há décadas, ideia que não
passa de um mecanismo para silenciar as tentativas da população negra de se
articular na busca pela igualdade, direito e oportunidade.
Na Boca Maldita foi recordada
a falsa ideologia de Curitiba como “cidade europeia” que busca invisibilizar a
presença da população negra da cidade. A população negra de Curitiba existe e
foram às ruas para mostrar a sua cara e o seu corpo negro. Foi lembrado também
o fato de que as políticas públicas do Estado Brasileiro não dão conta de
atender à população negra em suas necessidades e direitos básicos.
A marcha terminou com
um grande círculo na boca maldita onde foram rememoradas as estatísticas de
homicídio da população negra, na qual apresenta que a cada quatro jovens que
morrem no Brasil, três são negros. E, que a violência contra os negros em
Curitiba é a mesma que em São Paulo, Salvador, Rio de Janeiro e demais cidades,
ela ocorre porque se trata de uma questão racial; esses jovens estão morrendo
simplesmente por serem negros.
Bom dia pessoal,parabéns a todos pela participação,as fotos ficaram ótimas a matéria também vamos lá,abraço.
ResponderExcluirSérgio Miguel
UFPR